terça-feira, 3 de abril de 2012

A Dissertação Subjetiva

Primeiramente, não compartilharemos de forma imediata com as questões teóricas concernentes ao assunto em evidência sem antes discorrermos, mesmo que de forma sucinta, sobre a linguagem como meio de interação entre as pessoas.

Seja na fala ou na escrita, quando nos propomos a praticá-la somos norteados por objetivos distintos, dentre eles: informar, relatar sobre algo, instruir, expressar sentimentos, expor opiniões, entreter, entre muitas outras finalidades.

E partindo de tais finalidades a que se propõe o discurso é que podemos classificar os textos, sendo estes dotados de características próprias, os quais se materializam por meio dos inúmeros gêneros textuais que circundam o nosso cotidiano.

Referindo-nos às características que lhes são peculiares, os textos se perfazem basicamente pelas seguintes classificações: narrativo, descritivo e dissertativo. Atendo-nos de maneira específica ao dissertativo, este, por sua vez, consiste na postura assumida pelo emissor em revelar suas opiniões, com vistas a expor seu pensamento crítico acerca de um determinado assunto ora em discussão.

O aspecto relevante que nutre essa modalidade textual é a argumentação, uma vez que a intenção do emissor ao se posicionar frente a uma ideia em discussão tem por objetivo convencer o interlocutor, por meio de argumentos plausíveis, do seu ponto de vista.

Em virtude do caráter argumentativo, o texto dissertativo requer total objetividade no que se refere à linguagem, que deve ser clara, coerente e precisa, conferindo-lhe um tom universal, ou seja, isentando-se de qualquer envolvimento por parte de quem o redige.

Até então enfatizamos sobre as regras que regem uma dissertação. Mas como quase toda regra tem lá suas exceções, o texto em questão não fugiu dessa ocorrência. Desta feita, referimo-nos à chamada “dissertação subjetiva”.

Trata-se de um texto em que prevalece a mesma intenção anteriormente discutida – a de convencer o interlocutor sobre algo. Agora entretanto, retratada por uma abordagem de cunho mais pessoal, passível de uma linguagem mais subjetiva, na qual sentimentos e emoções poderão prevalecer. Será permitido para tal que o emissor se utilize de verbos na 1ª pessoa do singular, como também o discurso, por vezes impregnado de impressões pessoais, certamente nos revele uma certa conotação.

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